Brasil mantém transmissões ativas na faixa AM; Mudança ocorre na categoria operacional das estações locais

 

Desde 1º de janeiro, reportagens sobre o ‘fim do rádio AM no Brasil’ proliferaram nas redes sociais e motores de busca. Manchetes como ‘Fim de uma era. Nesta segunda-feira (1º) marca o primeiro dia sem rádios AM’ foram amplamente divulgadas, inclusive por profissionais da área. Realmente, houve mudanças nas rádios AM com a chegada do ano novo, mas não significaram o término desse serviço no país. A alteração consistiu na extinção da ‘AM local’, ou seja, de baixa potência. As emissoras que continuam na faixa AM terão sua categoria operacional ajustada para regional ou nacional, correspondentes às classes A e B. Veja mais detalhes:
Conforme o decreto de 2021 nº 10.664 do Ministério das Comunicações, as rádios AM classe C passarão para a classe B, adotando um novo contrato de outorga. Ainda assim, haverá AMs locais ativas, já que algumas estações classe C migraram para o eFM e podem continuar operando em AM por até cinco anos como transição.
As estações AM de classes B e A, vistas como regionais e nacionais, prosseguirão com suas operações. As raras AM classe C que não passaram para FM sofrerão o reenquadramento após o prazo determinado pelo decreto. No entanto, a maioria já fez a transição para FM, com 699 canais AM classe C vagos, segundo a Anatel. Restam apenas algumas estações operando com potência de 250 a 1000 watts. Até o momento, 96% das emissoras migraram para FM, com mais de 1030 estações já ativas nessa faixa, completando o processo de migração.
Na prática, uma FM de baixa potência cobre mais área que uma AM equivalente, graças à qualidade superior de transmissão e aos receptores mais modernos. O serviço de rádio local se mantém disponível em FM e suas repetidoras em RTFM, estas na Amazônia Legal.
Confira o decreto da migração AM-FM atualizado na íntegra: clique aqui.
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